domingo, 18 de março de 2018

TEMA: A família contemporânea e a sua representação no Brasil

TEMA: A família contemporânea e a sua representação no Brasil

INSTRUÇÃO: Com base na leitura dos seguintes textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo seguindo a norma padrão da língua portuguesa. Apresente proposta de intervenção ou ação social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
Desenho da Laerte Coutinho

TEXTO II
Supremo reconhece união estável de homossexuais
Casais gays podem ter assegurados direitos, como pensão e herança. Em decisão unânime, ministros do STF defenderam os direitos de gays.
O Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu, por unanimidade, nesta quinta-feira (5) a união estável entre casais do mesmo sexo como entidade familiar. Na prática, as regras que valem para relações estáveis entre homens e mulheres serão aplicadas aos casais gays. Com a mudança, o Supremo cria um precedente que pode ser seguido pelas outras instâncias da Justiça e pela administração pública.
FONTE:  http://g1.globo.com/brasil/noticia/2011/05/supremo-reconhece-uniao-estavel-de-homossexuais.html (Acesso em 15/02/2018)

TEXTO III
O que é o Estatuto da Família?
O Estatuto da família é um projeto de lei (PL 6583/2013) que define regras e políticas públicas relacionadas à família. Segundo o texto apresentado na Câmara, o objetivo é proteger a família e possibilitar que sejam adotados programas e ações nesse sentido.
O projeto propõe a criação dos conselhos da família, que seriam órgãos responsáveis por tratar das políticas públicas para garantir a aplicação dos direitos das famílias. O projeto de lei segue em andamento na Câmara dos deputados.
O que diz o autor do projeto de lei?
O deputado federal responsável pelo projeto explicou que o texto do Estatuto foi elaborado com base no conceito de família que é previsto na Constituição Federal. Segundo o art. 226, §3º da CF, a família é a base da sociedade, formada pela união entre homem e mulher.
FONTE: https://www.todapolitica.com/estatuto-da-familia/ (Acesso em 15/02/2018)

TEXTO IV
Acompanhar e registrar as mudanças da família brasileira tem sido um grande desafio para o IBGE. O Censo de 2010 listou 19 laços de parentesco que se formaram, contra 11 em 2000. Os lares modernos somam 28,647 milhões, ou seja, 28.737 a mais que a formação clássica. O estudo concluiu que a família brasileira se multiplicou, deixando para trás o modelo convencional de casal com filhos. As combinações são as mais diversificadas possíveis e proporcionais ao desejo de encontrar a felicidade em uma relação a dois. A partir desse conceito, encontramos os casados que residem em casas separadas e as crianças que moram em duas casas diferentes; as famílias homoafetivas, que já representam 60 mil e são oficializadas do ponto de vista legal, e sendo a mulher representante de 53,8% dos lares nesse arranjo familiar; as mulheres que vivem sozinhas e representam cerca de 3,4 milhões em todo país; há ainda 3,5 milhões de homens na mesma situação; além das 10,197 milhões de famílias em que só há mãe ou pai; e tem ainda aquelas pessoas que dividem o mesmo teto, mas não têm nenhum laço familiar e se unem por uma conveniência financeira, apenas para dividir o aluguel, são os chamados “conviventes” e representam 400 mil lares.
FONTE: http://www.jb.com.br/pais/noticias/2014/01/02/seculo-21-em-acao-novas-familiasconstroem-uma-sociedade-alternativa/ (Acesso em 15/02/2018)

TEXTO V
Novas configurações de família trazem desafios de lidar com realidades distintas e multiplicidade de amores
As configurações formadas por recasamentos, uniões homoafetivas, paternidade ou maternidade socioafetivas convivem com o modelo tradicional familiar.
(…)As famílias heterosssexuais também constroem ou reconstroem arranjos que fogem ao tradicional. A maior vantagem de toda essa mistura é, sem dúvida, o exercício da tolerância mútua, que deverá desaguar na ampliação da aceitação da diversidade na sociedade. “Os coleguinhas da escola passam a aceitar composições familiares diferentes das suas”, diz a psicanalista e pedagoga Cristina Silveira. Para ela, as dificuldades apresentadas por uma criança que é fruto de um casal heterossexual são parecidas com aquelas que vêm de um lar homoafetivo. “O importante mesmo é o amor. A formação de famílias diferentes das tradicionais e de lares homoafetivos são uma realidade e isso faz muito tempo. As pessoas estão dando um jeito de se adequar”, afirma.
Em qualquer caso, porém, se por um lado a nova realidade aumenta a tolerância com as diferenças e estimula a convivência com a diversidade, formar uma família equilibrada e saudável continua sendo um enorme desafio. “Com as novas configurações familiares, passam a existir uma multiplicidade de amores, de diversidade de comandos, de autoridade e de regras. Tudo isso cria novos problemas”, avisa a psicoterapeuta de família Cláudia Prates.
FONTE: http://sites.uai.com.br/app/noticia/saudeplena/noticias/2014/12/08/noticia_saudeplena,151574/novas-configuracoes-de-familia-trazem-desafios-de-lidar-com-realidades.shtml > (Acesso em 15/02/2018)

http://clubederedacao.com.br/tema-a-familia-contemporanea-e-a-sua-representacao-no-brasil/

O direito da mulher brasileira

O direito da mulher brasileira

Redação enviada há cerca de 2 anos por usuário anônimo.

Durante décadas a mulher brasileira vem lutando para a igualdade de gênero em todo o território nacional. Entretanto, apesar das conquistas que elas veem adquirindo, como a ‟ Lei Maria da penha″, que por sua vez relata contra a violência doméstica e familiar das mulheres, ainda há um número percentual muito grande de mulheres que sofrem de diversos tipos de violência. Sendo assim, é preciso analisar com preocupação a questão da persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira, exterminando com o aumento de vitimas e assegurando os seus direitos humanos.
Grande parte da população de mulheres brasileiras tem sido vitima de estupros. Isso ocorre devido, aos agressores acreditarem que por a mulher usar roupas curtas, elas estão provocando e causando desejos sexuais nesses indivíduos, no qual, pode levar os agressores á tomar atitudes violentas contra a mulher. Dessa forma, essas ações provoca um estado de revolta nas mulheres, agredindo a integridade física e moral delas.
Outro aspecto assustador que torna as mulheres a reivindicar e exigir cada vez mais por seus direitos é a violência física praticada por seus companheiros dentro de seu ambiente domiciliar. No qual elas são forçadas a ter relações sexuais, que por sua vez estar alienado pelo medo de negar e ser agredida.
Torna-se evidente, que é preciso uma reformulação na questão social contra a violência do gênero feminino para garantir os seus direitos e a segurança dessa população. Assim, cabe o Estado ampliar as fiscalizações e a punição desses agressores por meio de multas e trabalhos voluntários, conscientizando ao respeito. Dessa maneira a sociedade também deve contribuir e telefonarem para o ligue 180 em casos de denuncias contra a violência feminina. Com esses atos sendo estabelecidos podemos garantir a segurança e o direito das mulheres brasileiras.

Direito feminino: respeito e igualdade

Direito feminino: respeito e igualdade

Redação enviada há mais de 2 anos por Dudu

A violência contra as mulheres no mundo contemporâneo é uma realidade que necessita de mudanças urgentemente, visto que o número de atrocidades e injustiças com o sexo feminino é realmente assustador. Mas, como fazer essas mudanças acontecerem e as mulheres conseguirem o direito de serem respeitadas?
Inúmeros movimentos feministas foram feitos no ano de 2015 no Brasil, e isso foi muito importante, haja vista a repercussão gerada tanto nas redes sociais quanto nas ruas. Toda pessoa tem o direito de ser tratada com respeito e não ser humilhada, contudo, algumas pessoas não pensam assim, especialmente alguns homens que veem o sexo feminino como inferior e se acham com o direito de agredir as mulheres.
A Lei Maria da Penha foi uma conquista enorme à respeito dos direitos das mulheres e vem sendo extremamente importante para acabar com a agressão ao sexo feminino. Além da violência doméstica existem vários outros tipos, tais como a violência física, psicológica e até sexual, sendo este último com opiniões divergentes à respeito de quem seria a culpa: da vítima, pois estava com uma roupa curta ou do agressor.
Sendo assim, faz-se necessário uma intervenção do Estado com campanhas para conscientizar a população sobre o assunto e mostrar que todos têm direitos iguais e devem ser tratados com respeito. A escola também tem um papel muito importante nessa mudança, já que seu dever é formar os futuros adultos do nosso país, então, ela pode atuar a favor dessa causa mostrando às crianças que as mulheres não podem ser agredidas e que isto é errado, assim, levando esse ensinamento para a vida toda e na esperança de que em um futuro bem próximo a violência contra as mulheres não exista mais.

TEMA DE REDAÇÃO: A IMPORTÂNCIA DO MOVIMENTO FEMINISTA NA LUTA PELOS DIREITOS DAS MULHERES


TEMA DE REDAÇÃO: A IMPORTÂNCIA DO MOVIMENTO FEMINISTA NA LUTA PELOS DIREITOS DAS MULHERES

 CARLA GOBB SOCIEDADE

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “A importância do movimento feminista na luta pelos direitos das mulheres”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I

O MOVIMENTO DE MULHERES – UMA FORÇA DE MUDANÇA INCOMPARÁVEL

O movimento feminista é reconhecido, com toda justiça, como o movimento que mais transformou a ordem estabelecida em nossas sociedades e continua a fazê-lo. Nós o fizemos afirmando que não há separação entre o público e o privado, rejeitando a existência de uma dicotomia entre o pessoal e o político, quebrando o silêncio em torno das diversas formas de apropriação do corpo das mulheres, rejeitando as imposições dos homens sobre nossa sexualidade, valorizando a experiência e o trabalho das mulheres, compreendendo que há crises que não nos enganam sobre o estado de saúde de uma sociedade: crise da reprodução, da segurança humana, da democracia, etc.
O movimento de mulheres é um dos movimentos sociais que mais rapidamente se ‘globalizaram’ desde os anos 1970. Nós tivemos de aprender a fazê-lo considerando as diferenças de classe, etnia, cultura, orientação sexual, etc. Evidentemente temos passos importantes ainda a fazer, e é por isso que continuamos sendo interpeladas pela diversidade e pluralidade não estritamente como um fator de inclusão, mas como um fator que aprofunda a riqueza de nossas experiências e de nossa análise.
Para aumentar nosso impacto e nossa capacidade de transformação da sociedade, tivemos de desenvolver uma abordagem que permita ao conjunto das mulheres se identificar com a nossa luta e ao mesmo tempo reconhecer as desigualdades entre nós e os diferentes privilégios daí decorrentes. Essa abordagem global nos coloca na linha de frente das lutas nacionais, regionais e, cada vez mais, mundiais para fazer reconhecer a indivisibilidade dos direitos econômicos, sociais, políticos e culturais das mulheres. Ela nos obriga a questionar o impacto de nosso trabalho, de nossas próprias ações, nossas práticas ou análises se elas não permitem ir ao encontro das preocupações das mulheres de diversos meios e lhes dar a palavra, se elas perpetuam ou reforçam divisões baseadas no status econômico, pertencimento a uma comunidade, orientação sexual, etc., se elas não conferem mais liberdade e direitos às mulheres de diversos países ou grupos de nossa sociedade.
Nós percorremos um longo caminho, e devemos estar orgulhosas e continuar a agir a partir de nossas próprias redes, de nossas próprias análises. O movimento feminista, como movimento social, é cada vez mais necessário para mudar a vida das mulheres. Nós somos confrontadas com isso todos os dias ao ver o impacto da globalização neoliberal ou da militarização de nossas sociedades sobre as mulheres.

TEXTO II

As feministas querem por exemplo o fim da violência de gênero – no Brasil, a cada 12 segundos uma mulher é violentada, de acordo com uma pesquisa da Secretaria de Políticas para Mulheres do Governo Federal, a cada 10 minutos, uma mulher é estuprada, de acordo com o Mapa da Violência, e a cada 90 minutos uma mulher é assassinada, de acordo com o IPEA. Todas essas violências estão relacionadas à questão de gênero – são casos que durante muito tempo foram chamados de “passionais”, são casos que acontecem dentro de casa, no seio familiar, e que se diferem da violência que atingem os homens, que morrem por diversos motivos, mas nunca por serem homens.
Mais: no Brasil as mulheres ainda ganham em média 30% a menos do que os homens para exercer a mesma função, de acordo com uma pesquisa do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Mulheres também são maioria no trabalho doméstico, acumulando funções dentro e fora de casa. São as maiores vítimas de assédio sexual no trabalho, normalmente cometido por homens em situação de hierarquia superior. Enfim, por vários motivos, ainda há muito o que conquistar em termos de direitos.

TEXTO III

TEXTO IV


In: https://www.imaginie.com.br/temas/tema-de-redacao-importancia-do-movimento-feminista-na-luta-pelos-direitos-das-mulheres/

sábado, 17 de março de 2018

AS MÃOS QUE AFAGAM TAMBÉM CARREGAM BANDEIRAS

AS MÃOS QUE AFAGAM TAMBÉM CARREGAM BANDEIRAS

Fonte: Zero Hora, Altemir Tortelli

Ao longo da história o papel social das mulheres tem mudado muito. Passo a passo tem avançado e se transformado na sociedade. No século 20, as mulheres foram capazes de grandes lutas e transformações saindo de uma condição de total submissão, escravidão e exclusão. Mas isso ainda não aconteceu com grande parte das mulheres que continuam à margem dos direitos e políticas de inclusão.
Há anos as mulheres lutam pelo direito a cidadania, pela diminuição da jornada de trabalho, por melhores condições de vida e mais dignidade. Sempre foi com muita luta e organização que se conquistou direitos como a aposentadoria para as trabalhadoras rurais, o salário-maternidade, o direito à participação política e a livre expressão. Gerar a vida é uma missão que as mulheres receberam da natureza. Mas isso não significa uma carga de dor e discriminação. Isto é um exercício de escolha das mulheres e de corresponsabilidade do Estado, da sociedade e da família.
O Estado do Rio Grande do Sul tem uma tradição muito forte na agricultura e as mulheres gaúchas deixaram sua marca nas maiores conquistas e construções de novos direitos para as mulheres brasileiras. Muito nos orgulha sermos filhos e filhas dessas mulheres que tiveram que lutar dentro de suas próprias famílias pelo direito de sair de casa e buscar sua própria dignidade.
Muitas foram as conquistas dos agricultores familiares e nessas conquistas a mulher do campo exerceu papel fundamental. Com olhar diferenciado, as agricultoras familiares possuem destaque na luta pela produção diversificada e soberania alimentar e também mostram grande preocupação na preservação dos recursos naturais. Uma das maiores conquistas desse setor foi a inclusão previdenciária dos trabalhadores e trabalhadoras rurais que é considerada por todos os dados estatísticos do Brasil como a maior distribuição de renda feita no meio rural. Esse fato levou a mais uma caminhada, mais uma luta, e à conquista do salário-maternidade para as trabalhadoras rurais. Até então, as mulheres agricultoras criavam seus filhos sem nenhum reconhecimento do Estado.
As mulheres demonstram sua força na conquista de espaços importantes, como na política, nos movimentos sociais, nos sindicatos e na sociedade de maneira geral. Hoje a maior autoridade do Brasil é uma mulher, a presidenta Dilma Rousseff. Uma vitória histórica. No entanto, muito ainda há para se fazer. Uma das principais lutas é garantir o aumento da Licença Maternidade de quatro para seis meses para todas as mulheres trabalhadoras. Que este dia de comemoração dos direitos adquiridos dê ainda mais força para que as mulheres continuem lutando e mais sensibilidade aos homens para essa caminhada conjunta que demostram que as mãos que afagam também são as mesmas que carregam grandes bandeiras de luta.

Fim

Redação dissertativa 836: Tema: Mulher.Tópicos: redação dissertativa pronta, dia da mulher, papel social das mulheres, inclusão social da mulher, direito a cidadania, jornada de trabalho da mulher, dignidade da mulher, trabalhadoras rurais, salário-maternidade, direito à participação política e a livre expressão, discriminação da mulher, sociedade, família, mulher na agricultura, mulher brasileira, mulher do campo, inclusão previdenciária dos trabalhadores e trabalhadoras rurais, mulheres agricultoras, mulher na política, mulher nos movimentos sociais, mulheres trabalhadoras, direitos adquiridos da mulher.

In: http://www.mundotexto.com.br/redacao_dissertativa/redacao_dissertativa_836.html

O papel da mulher ao longo da história


Conheça os textos dos vencedores do redAÇÃO ZH
Concurso promovido por Zero Hora e Grupo Unificado premiou cinco estudantes com bolsa de estudos
09/08/2012 - 11h30minAtualizada em 09/08/2012 - 11h30min
Descrição: Lauro Alves / Agencia RBS
Na etapa final, 300 selecionados foram desafiados a escrever uma dissertação sobre o papel da mulher ao longo da históriaLauro Alves / Agencia RBS

Diana, Henrique, Juliana, Rafael e Vinícius são os autores das cinco redações que venceram o concurso redAÇÃO ZH deste ano. Em seus textos, eles discutiram a transformação histórica da figura feminina com diferentes argumentos. Do papel de mãe até a possibilidade de a mulher escolher o que quer ser, os cinco vencedores buscaram escrever uma dissertação diferente e, ao mesmo tempo, consistente e coerente com suas ideias.
Na tarde do último sábado, dia 4, os 300 vestibulandos selecionados pelo concurso tiveram duas horas e meia para discorrer sobre o papel da mulher na sociedade. A relação das mulheres com o trabalho, o grau de escolaridade e a diferença salarial em comparação com os homens foram algumas das questões destacadas na proposta de dissertação do concurso.


Na primeira etapa do redAÇÃO ZH, lançada em junho, com um total de 3.987 inscritos, os estudantes escreveram uma dissertação sobre a necessidade de o Brasil ter uma política de cotas raciais nas universidades.
Além de receberem uma bolsa de estudos integral no pré-vestibular Unificado, os cinco vencedores têm seus textos publicados nas páginas 2 e 3 do caderno Vestibular de hoje.

Conheça os textos nota 10
Diana Corti Pulga, 17 anos
3º ano do Ensino Médio, Colégio Scalabrini, Guaporé
O sexo frágil fortalecido
Na sociedade atual, vivemos cercados pela tecnologia que avança cada vez mais no mercado mundial. Com esse desenvolvimento, mais profissões vêm surgindo para preencher a imensa demanda de trabalho. Entretanto, há um detalhe na história da humanidade que permanece quase imutável: a posição da mulher na sociedade. Houve revolução, evolução e reivindicação; e mesmo assim há áreas em que mulheres são tratadas com inferioridade.
Houve tempos em que a divisão entre sexos era clara: lugar de mulher era em casa, sem exceções. Retrocedendo ainda mais na história, sua função era unicamente a de reprodução. Mesmo do ponto de vista religioso, a mulher é julgada inferior: seja ao cometer o pecado primordial na Bíblia Cristã ou, em alguns momentos, em outras religiões. A sociedade moderna pode camuflar essa diferenciação, mas isso não significa que ela não exista: fantasiada de programas de televisão, em que mulheres são vulgarizadas; disfarçada de patrão interesseiro, que minimiza o trabalho feminino; ou mesmo dentro de casa, onde muitas sofrem abusos de esposos e pais. De várias maneiras quase invisíveis, a desigualdade bate à nossa porta.
Em um recente artigo a respeito da libertação da mulher (tendo como base o romance "Cinquenta tons de cinza"), a revista Época discorreu sobre o comportamento da mulher moderna, colocando que a excessiva liberdade feminina está extinguindo o romantismo do mundo atual. Entretanto, se a mulher não tivesse conquistado sua independência, o que seria feito dela nos dias de hoje? Se, mesmo com a "liberdade" feminina, a igualdade não foi plenamente alcançada, como conseguiríamos chegar a ela caso mulheres ainda fossem tratadas como "boas moças", seres submissos?
Portanto, apesar da aparente libertação da mulher na sociedade atual, ainda há muito espaço a ser conquistado. Mesmo que na teoria e na lei sejamos todos iguais, tendo os mesmos direitos, não é isso o que acontece no cotidiano feminino. Devemos aprender a evoluir corretamente, abandonando de vez os costumes do passado para que possamos, enfim, chegar à igualdade completa. Afinal, se não nos tratarmos como iguais estaremos regredindo à Pré-História ao invés de evoluir rumo a um futuro igualitário e civilizado.

Henrique Santos de Souza, 17 anos
3º ano do Ensino Médio, Colégio Sinodal, São Leopoldo
A Amélia que ainda está por vir
A figura da mulher teve diversas formas e significados ao longo da história. Entretanto, tanto as fortes mães alemãs da era nazista quanto as frágeis damas da "Belle Époque" serviram para suprir uma necessidade que não lhes pertencia. A mulher de hoje passa por um processo de transformação de valores no qual decide o que deseja representar, de acordo com suas próprias necessidades.
O papel feminino foi, por um longo período de tempo, determinado pelas necessidades da sociedade em que vivia a mulher. O regime de Hitler precisava de donas de casa capazes de manter viva a unidade da família enquanto os maridos lutavam na guerra, assim como a sociedade francesa precisava de mulheres que soubessem refletir em sua fragilidade e firmeza, toda a cultura e elegância da França, desviando a atenção do governo corrupto da época. Sempre existiram, porém, mulheres que não se submetiam a esses moldes. Essas aumentaram em número e espalharam suas ideias de liberdade individual e igualdade. Hoje, cada mãe e cada filha têm a oportunidade de escolher o que quer representar e que papel quer desempenhar em seu contexto. Resta, contudo, que não apenas haja a oportunidade de escolha, mas que se saiba que ela existe.
A Amélia que representa o estado de mudança em que a sociedade feminina se encontra é da música "Desconstruindo Amélia", de Pitty. Os versos "E eis que de repente ela resolve então mudar" e "disfarça e segue em frente" mostram, respectivamente, o entendimento repentino de sua condição seguida de revolta e a hesitação em expor totalmente essa nova compreensão. Outras mulheres, porém, só terão essa compreensão de Amélia se ela abandonar a hesitação e divulgar suas ideias para que o maior número possível de pessoas também possa se transformar.
Vencido o tempo de submissão, o momento agora é de mudança e mobilização. Para que cada representante feminina decida o que quer representar, as convicções das mulheres que lutaram pelos seus direitos em tempo de repressão devem ser transmitidas intensamente. Somente assim, a figura feminina se desvinculará da imagem de Pitty ou de Mário Lago, mas se vinculará com à de outra Amélia, personagem de uma canção que ainda será escrita.

Juliana de Oliveira Ramires, 28 anos
Ensino Médio concluído no Colégio Estadual Júlio de Castilhos
A extinção da Amélia
Recentes pesquisas sobre o mercado de trabalho brasileiro apontam que o sexismo tão arraigado na machista cultura brasileira mostra-se também presente nas organizações. Apesar de mais bem qualificadas, as mulheres ainda recebem remuneração inferior à dos homens, o que aponta para duas questões sociais muito importantes: a reavaliação da figura feminina contemporânea e a baixa valorização dessa mão de obra.
O papel da mulher ao longo da história foi se modificando à medida que a sociedade flexibilizou sua estrutura e os patriarcais provedores do lar foram cedendo espaço a mulheres aguerridas que trabalham fora, educam filhos e administram lares. Hoje essa realidade atinge seu ápice de desenvolvimento: o público feminino tem se qualificado cada vez mais e agrega ao papel de filha, esposa e mãe o papel de profissional bem-sucedida. São milhares de mulheres que assistiram a essa mudança no perfil social da mulher brasileira e que estão à frente de grandes cargos de organizações do país, a exemplo do governo Dilma e de seus vários ministérios comandados por mulheres.
Há décadas as mulheres abandonaram a figura de "Amélias" e tornaram-se personagens à frente da sociedade e das empresas, cabendo assim tratamento igualitário ao propagado "sexo forte". A mão de obra feminina tende a ser mais qualificada tanto pela disciplina estimulada desde a infância quanto pela necessidade de desmistificar o estereótipo de sexo frágil. Grande parte das empresas, apesar de admitirem a existência de um excedente na qualificação de mulheres em relação aos homens, ainda trazem em sua formação uma postura machista premiando com melhores salários os homens pela firmeza, pelo bom poder de negociação, pela força, renegando a possibilidade de essas características estarem presentes nas mulheres, que por vezes são mais persistentes, fortes e negociadoras apenas pela escolha de entrar no mercado de trabalho.
O Brasil é um país jovem e visivelmente feminino no que tange à presença de mulheres em salas de aula, atuando em grandes empresas e chefiando famílias. A valorização dessas "Amélias", "Marias", "Joanas" ou tantas outras não dependem de sexismos, mas sim da figura desenvolvimentista que esse novo perfil representa. É esse diferencial que nos levará ao avanço de um país igualitário ou ao retrocesso, porque a Amélia do memorável Mario Lago não passa de uma vaga lembrança e, ao contrário da canção, não deixou saudades.

Vinícius de Medeiros Gehling, 17 anos
3º ano do Ensino Médio, Colégio Contemporâneo, Camaquã
De Amélia a Leila Diniz
O século XX foi marcado por inúmeras transformações sociais e culturais, podendo ser chamado de século da liberdade. A luta por ser livre desmantelou um sistema conservador, uma sociedade patriarcal e uma juventude oprimida. Em meio ao turbilhão de conquistas, a mulher decidiu não mais ser comandada pelo homem, conquistando não só a sua independência, como também o seu merecido respeito. Mas tudo isso apenas foi possível a partir do momento em que as mulheres deixaram de ouvir e os homens passaram a escutar.
Mesmo não havendo ainda total igualdade entre os sexos aos olhos da sociedade, as mulheres conquistaram a liberdade de igualar-se perante os homens, algo impossível até então. Uma série de fatos levou as damas do mundo moderno a não mais temerem, e sim a serem temidas. Um desses fatos, no Brasil, foi a crise do coronelismo a partir do Estado Novo. As funções de coordenar a casa e procriar logo perderam peso, e o patriarcalismo exacerbado teve sua consequente ruína. Mesmo que, atualmente, muitas mulheres ainda sejam dependentes financeiramente dos homens, elas têm o direito de impor-se, de ser respeitadas e ativas na sociedade. Guiam seus carros, têm suas próprias vidas sociais independentes das amizades dos maridos bem como o direito ao divórcio.
Além disso, as transformações do século passado permitiram a integração do mundo por meio da globalização e o livre acesso à mídia, a qual vincula essas conquistas. Em outras palavras, a necessidade de tornar-se livre foi levada a quase todo mundo. As manifestações artísticas também desempenharam papéis decisivos. Nomes como Anita Malfatti e Leila Diniz fizeram questão de mostrar às brasileiras os seus protestos. A partir de então, até mesmo a indústria foi forçada a se adaptar à nova mentalidade feminina. Até a década de 1940, eram raras as motocicletas com dois lugares, pois não era bem visto o uso de calças pelas mulheres, sem as quais era quase impossível andar de moto. Quando os vestidos foram abandonados e o jeans, ícone na revolução jovem, foi adotado, o banco duplo sobre duas rodas passou a ser essencial. Afinal, os homens sempre desejaram a companhia das mulheres.
As conquistas feministas ao longo do tempo devem ser tomadas não como grandes feitos, mas como fortes impulsos. As damas devem continuar a sua luta, pois o devido reconhecimento ainda não foi conquistado. Os homens devem reconhecer o que há no sexo oposto: força de mudar aquilo que durante séculos foi uma regra. Das Amélias de Mario Lago, hão de vir muitas Leilas. Como diria Erasmo Carlos, os homens são dependentes e carentes da força da mulher.

Rafael Bublitz de Oliveira, 16 anos
3º ano do Ensino Médio, Colégio Santa Teresa de Jesus, Porto Alegre
O poder feminino
Ao longo dos séculos, o papel da mulher na sociedade mudou, principalmente a partir da segunda metade do século vinte, quando uma nova concepção de mulher aflorou e avançou como parte de uma revolução cultural. No entanto, a busca extrema por tal nivelamento pode acarretar malefícios tanto para a sociedade quanto para as próprias mulheres.
A partir da década de sessenta, o movimento feminista na Europa atuava fortemente. O conjunto de ideias trazidas por ele influenciou gerações na maneira de se perceber o até então chamado "sexo frágil". As mulheres passaram a buscar primeiramente o sucesso profissional, tendo-o como o seu grande objetivo, deixaram de lado a formação de famílias e principalmente a geração de filhos para que o desenvolvimento da sua carreira não fosse atrasado ou até mesmo interrompido. Isso trouxe graves consequências (talvez irreversíveis) para a sociedade europeia em relação à preservação de seus grupos étnicos, acarretando, inclusive, medidas de incentivo à natalidade em diversos países.
Colocar a carreira à frente da família não é uma atitude que exalta a mulher, já que primordialmente o papel feminino na sociedade se define pela capacidade de ser mãe. A possível maternidade é um princípio que não pode ser ignorado, pois permite que o sistema social subsista, sendo nele inseridos novos indivíduos. Sendo assim, a mulher desempenha um papel essencial, que muitas vezes é menosprezado e substituído pela busca de se igualar ou até mesmo superar os homens em atividades secundárias, que foram tradicionalmente definidas como masculinas (o que não quer dizer que as sejam efetivamente). Entretanto, não se pode (nem se deve) recriminar uma mulher porque almeja a independência, ou porque quer ganhar um salário justo.
O grande dilema social da mulher é colocado como uma simples escolha entre uma Amélia submissa ou outra autossuficiente, galgando uma virilidade excessiva. A solução, no entanto, é um meio-termo: a busca justificada pelos direitos iguais, mas sem negar o que as diferencia positivamente dos homens, que é a capacidade extraordinária de gerar uma vida.

In: https://gauchazh.clicrbs.com.br/educacao-e-emprego/vestibular/noticia/2012/08/conheca-os-textos-dos-vencedores-do-redacao-zh-3848050.html 


O copo de água

O COPO DE ÁGUA Um conferencista falava sobre gerenciamento da tensão. Levantou um copo com água e perguntou à platéia: - Quanto você...