sábado, 17 de março de 2018

AS MÃOS QUE AFAGAM TAMBÉM CARREGAM BANDEIRAS

AS MÃOS QUE AFAGAM TAMBÉM CARREGAM BANDEIRAS

Fonte: Zero Hora, Altemir Tortelli

Ao longo da história o papel social das mulheres tem mudado muito. Passo a passo tem avançado e se transformado na sociedade. No século 20, as mulheres foram capazes de grandes lutas e transformações saindo de uma condição de total submissão, escravidão e exclusão. Mas isso ainda não aconteceu com grande parte das mulheres que continuam à margem dos direitos e políticas de inclusão.
Há anos as mulheres lutam pelo direito a cidadania, pela diminuição da jornada de trabalho, por melhores condições de vida e mais dignidade. Sempre foi com muita luta e organização que se conquistou direitos como a aposentadoria para as trabalhadoras rurais, o salário-maternidade, o direito à participação política e a livre expressão. Gerar a vida é uma missão que as mulheres receberam da natureza. Mas isso não significa uma carga de dor e discriminação. Isto é um exercício de escolha das mulheres e de corresponsabilidade do Estado, da sociedade e da família.
O Estado do Rio Grande do Sul tem uma tradição muito forte na agricultura e as mulheres gaúchas deixaram sua marca nas maiores conquistas e construções de novos direitos para as mulheres brasileiras. Muito nos orgulha sermos filhos e filhas dessas mulheres que tiveram que lutar dentro de suas próprias famílias pelo direito de sair de casa e buscar sua própria dignidade.
Muitas foram as conquistas dos agricultores familiares e nessas conquistas a mulher do campo exerceu papel fundamental. Com olhar diferenciado, as agricultoras familiares possuem destaque na luta pela produção diversificada e soberania alimentar e também mostram grande preocupação na preservação dos recursos naturais. Uma das maiores conquistas desse setor foi a inclusão previdenciária dos trabalhadores e trabalhadoras rurais que é considerada por todos os dados estatísticos do Brasil como a maior distribuição de renda feita no meio rural. Esse fato levou a mais uma caminhada, mais uma luta, e à conquista do salário-maternidade para as trabalhadoras rurais. Até então, as mulheres agricultoras criavam seus filhos sem nenhum reconhecimento do Estado.
As mulheres demonstram sua força na conquista de espaços importantes, como na política, nos movimentos sociais, nos sindicatos e na sociedade de maneira geral. Hoje a maior autoridade do Brasil é uma mulher, a presidenta Dilma Rousseff. Uma vitória histórica. No entanto, muito ainda há para se fazer. Uma das principais lutas é garantir o aumento da Licença Maternidade de quatro para seis meses para todas as mulheres trabalhadoras. Que este dia de comemoração dos direitos adquiridos dê ainda mais força para que as mulheres continuem lutando e mais sensibilidade aos homens para essa caminhada conjunta que demostram que as mãos que afagam também são as mesmas que carregam grandes bandeiras de luta.

Fim

Redação dissertativa 836: Tema: Mulher.Tópicos: redação dissertativa pronta, dia da mulher, papel social das mulheres, inclusão social da mulher, direito a cidadania, jornada de trabalho da mulher, dignidade da mulher, trabalhadoras rurais, salário-maternidade, direito à participação política e a livre expressão, discriminação da mulher, sociedade, família, mulher na agricultura, mulher brasileira, mulher do campo, inclusão previdenciária dos trabalhadores e trabalhadoras rurais, mulheres agricultoras, mulher na política, mulher nos movimentos sociais, mulheres trabalhadoras, direitos adquiridos da mulher.

In: http://www.mundotexto.com.br/redacao_dissertativa/redacao_dissertativa_836.html

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