terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Dom Casmurro - Machado de Assis, por Gabriel Vanzo Rodrigues


Título do livro: Dom Casmurro
Autor: Machado de Assis
Edição: 1
Editora: Martin Claret - B
Assunto: Literatura Brasileira
Lançamento: 1899
Síntese:
A história se passa no Rio de Janeiro do Segundo Império, e conta a trajetória de Bentinho e Capitu. É um romance pscicológico, narrado em primeira pessoa por Bentinho, o que permite manter questões sem elucidação até o final, já que a história conta apenas com a perspectiva subjetiva de Bentinho. Em Dom Casmurro, encontramos a dúvida sobre a existência do adultério de Capitu, não havendo nenhum momento que o comprove, permanecendo apenas como suspeitas. Sendo escrito em primeira pessoa, apresenta apenas a interpretação dos fatos presenciados pelo narrador-personagem, não apresentando em nenhum momento outras visões.
Dona Glória passara anos tentando engravidar sem sucesso. O seu primeiro filho morre logo ao nascer, e por possuir uma grande fé, faz uma promessa a Deus: se conseguisse engravidar novamente e ter um filho homem ele seria padre. Daí, ela finalmente consegue. O nascimento de Bentinho é um milagre, já que ele é fruto de uma promessa a Deus.
Machado já glorifica D. Glória em seu nome: GLÓRIA, sendo ela uma mãe que ampara e ama profundamente seu filho, vivendo para ele.
Pela narração não há como afirmar se houve ou não adultério. Os fatos deixam dúvidas, pois a semelhança de Ezequiel com Escobar, o fato de Escobar ser muito amigo de Capitu e sempre rondar a família levam o leitor a pensar que houve a traição. Por outro lado, a amizade de Capitu por Escobar não seria amor carnal, mas um amor fraterno, o seu amor por Bentinho desde a infância e a sua luta por ele, além do fato dele não ter visto a traição, levam o leitor a acreditar em sua fidelidade. O leitor pode supor que Bentinho fosse ciumento e imaginasse os fatos. Não há comprovação de nada, afinal a visão dos fatos é parcial, já que Bentinho que narra a história como a vê. Além disso, soma-se uma lógica ziguezagueante com que Bentinho narra a história, um raciocínio tortuoso que, por vezes, omite certos fatos propositalmente, e em outros, esquece de contar episódios. Entretanto, não se pode afirmar em quais trechos houve omissão proposital ou não.
Quando Bento vai mudar da casa de sua mãe, na Rua de Matacavalos, para a Praia da Glória, ele constrói uma casa idêntica aquela em que viveu desde criança, colocando inclusive quatro medalhões de quatro imperadores notórios na sala de estar, que, segundo Bento, o sugerem a escrita do romance. Os imperadores possuem algo muito interessante em comum: acusaram suas mulheres de adultério e mataram-nas, mesmo sabendo que elas eram inocentes. Isso nos dá mais uma pista sobre a suposta traição no romance.
Crítica do livro:
Esse livro é muito interessante. Ele nos envolve num mistério muito bom, que dá vontade de descobrir a verdade sobre ele. O fato de o autor escrever o romance em capítulos curtos, com títulos explicados posteriormente e de utilizar citações de obras importantes e personagens históricos, em frases curtas, facilita a leitura e prende o leitor. Este livro pode ser conciderado como um dos melhores que já li. Sua interpretação não é tão dificil como em alguns outros casos de livros de literatura brasileira. Recomendo ele para quem gosta de mistério, romance e suspense.



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